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OS DEPÓSITOS ESTÃO SEGUROS ?
25-05-2013 17:06O impacto do resgate financeiro ao Chipre não passou indiferente a muitos outros europeus, nomeadamente aos portugueses.
Pela primeira vez desde a eclosão da crise da dívida na zona euro, o salvamento de um país implicou o recurso ao dinheiro dos depositantes. Há quem critique ferozmente as opções da União Europeia e do FMI, mas também é defensável a legitimidade de exigir contrapartidas a um paraíso fiscal e que o Chipre é um caso único na zona euro.
A verdade estará muito provavelmente a meio caminho, mas não impede que se retirem duas importantes conclusões deste atribulado processo: primeiro, os depósitos deixaram de ser intocáveis; segundo, a UE assumiu implicitamente a garantia dos montantes até 100 mil euros, independentemente da solvabilidade dos sistemas financeiros nacionais. Por outras palavras, os pequenos aforradores estão mais seguros, mas os maiores depositantes têm um risco acrescido.
As probabilidades de algo semelhante acontecer em Portugal são muito reduzidas, mas não é um cenário impossível. Nenhum dos regastes já feitos estão a ser executados da mesma forma e, como se constata, há sempre margem para “inovação”.
Após Chipre, os pequenos depositantes nacionais podem dormir mais descansados. A garantia dos depósitos até 100 mil euros foi assumida como um pilar essencial para a preservação da integridade da zona euro, mesmo não existindo ainda um fundo comum europeu.
Ao invés, os maiores depositantes têm agora menos “garantias”. Reafirmamos que Portugal não é comparável com o Chipre e não há fundamentos para maiores preocupações. Contudo, se quer ficar mais tranquilo pode dividir o seu património por contas em diversos bancos e com vários titulares. Na prática, essa estratégia permite-lhe multiplicar a garantia dos 100 mil euros. Além disso, tem mais uma razão para não ficar preso aos depósitos e diversificar por outros produtos: Certificados de Aforro, obrigações, fundos e ações.
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